Universalização do saneamento é importante ferramenta para inclusão social no Brasil
06/06/24
Divulgação/Águas do Rio
Ter acesso à água potável em casa e ao tratamento de esgoto faz uma grande diferença na vida de uma família, como mostram diferentes estudos. De acordo com a análise realizada pelo Instituto Trata Brasil, com base em dados do IBGE, as pessoas que contam com serviços de saneamento têm renda média de R$ 3.359,12, contra R$ 2.103,59 de quem não tem acesso – uma diferença de R$ 1.255,53, próxima a um salário mínimo. A escolaridade também é maior: 12 anos, na média, contra 10.
Isso acontece, em parte, porque quem recebe água encanada e tem o esgoto tratado costuma estar mais protegido contra doenças de veiculação hídrica, que provocam 191 mil internações por ano, segundo informações do DATASUS, que constam do Painel Saneamento Brasil.
De acordo com uma estimativa produzida em 2019 por pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia, cada dólar investido em saneamento proporciona uma economia de 4,3 dólares em custos com saúde, o que significa que o serviço tende a melhorar a qualidade do acesso ao sistema de atendimento como um todo, liberando recursos para outro atendimento.
Viabilizar o acesso ao saneamento é uma importante estratégia de inclusão social e, por isso, é parte fundamental da missão da Aegea.
Inclusão Sanitária
A empresa saltou de seis municípios atendidos em 2010 para mais de 500 em 2024, distribuídos em 15 estados, beneficiando mais de 31 milhões de pessoas. Alcançou essa posição de liderança com base em um modelo de negócios que tem como base eficiência e expertise operacional, disciplina financeira e o alinhamento aos princípios ESG.
A companhia atua em localidades de todas as regiões do país, com populações que variam de 1,8 mil a 6,8 milhões de habitantes. Em cada uma delas, trabalha com atenção, em especial, aos mais vulneráveis. Dentro dessa estratégia, a companhia busca levar a Tarifa Social para além das metas contratuais. Trata-se de um instrumento financeiro que oferece desconto na conta de água e esgoto para famílias, seguindo critérios estabelecidos.
Com o suporte de programas como o “Vem com a Gente” (VCG), que realiza a regularização e conexão à rede em comunidades carentes, a Aegea já concedeu acesso à Tarifa Social para mais de 1,9 milhão de pessoas em todo o Brasil. São famílias que passam a ter uma conta adequada ao orçamento familiar e, muitas vezes a contar pela primeira vez com um comprovante de residência, que representa um importante instrumento de dignidade.
O VCG foi desenvolvido inicialmente pela concessionária da Aegea em Manaus e, em 2022, foi levado à maior concessão da companhia, a Águas do Rio. Seu objetivo é regularizar os sistemas de água e esgoto existentes nas localidades, ampliando e atualizando os cadastros dos clientes – ao mesmo tempo em que proporciona um importante avanço social para a comunidade.
Benefícios para a saúde
Como aponta um estudo realizado pela Rede Global de Vigilância da Diarreia Pediátrica, coordenada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com participação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), a diarreia é uma das cinco principais causas de morte de crianças menores de cinco anos no mundo. São mais de mil óbitos por dia, provocadas em grande parte por rotavírus, mais comuns onde não há tratamento de esgoto.
Nas localidades onde atua, a Aegea tem observado os benefícios da implementação de saneamento para a saúde. Em Serra (ES), por exemplo, desde 2012, foi registrada a redução de 39% na taxa de internações por doenças de veiculação hídrica.
Em Manaus (AM), entre 2019 e 2022, houve uma queda de 39% na ocorrência de diarreia aguda, de acordo com dados da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas. Um levantamento realizado na capital pelo Instituto Trata Brasil em 2021 apontou que 97% dos moradores dizem ter mais dignidade após o acesso à água tratada. Já em Teresina (PI), o avanço dos serviços, no período de 2017 a 2021, contribuiu na redução de 68% das internações por diarreia, segundo dados da Fundação Municipal da Saúde (FMS).
De 2010 a 2022, Campo Grande (MS) viu as internações totais por doenças de veiculação hídrica caírem 72%, com redução de 49% nos gastos com internações causadas por estes problemas. Na região dos Lagos, no Rio de Janeiro, entre 2010 e 2021, a quantidade de internações por doenças associadas à falta de saneamento reduziu 80%. Em Matão (SP), a diminuição foi de 76%, registrada entre 2016 e 2020. E Piracicaba (SP) observou, na comparação de 2006 para 2021, que as internações hospitalares por doenças diarreicas caíram 92%.
Esses são alguns dos resultados mais significativos que a universalização do saneamento pode proporcionar à população brasileira. Para saber mais sobre o impacto social das ações da Aegea, clique aqui.