Fiea avança na implementação de projeto para reuso de efluentes em Alagoas
24/04/25

Assessoria
A Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea) promoveu, nesta quarta-feira (23), uma reunião estratégica para discutir a nova etapa do projeto “Reuso de Efluentes para Abastecimento Industrial: Avaliação de Oferta e da Demanda no Estado de Alagoas”. O encontro, realizado no Observatório da Indústria, marca a transição do estudo técnico, lançado em março, para sua aplicação prática, com o envolvimento direto de empresas, órgãos públicos e instituições financeiras.
Participaram do encontro representantes da BRK Ambiental, Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado (Arsal), Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e Banco do Nordeste (BNB). A ação conta com articulação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), da própria Fiea e do Governo de Alagoas.
O objetivo é transformar o estudo técnico em ações concretas de sustentabilidade hídrica, promovendo o reuso de efluentes como uma alternativa viável para o abastecimento industrial. A iniciativa contribui para o uso racional da água e para a preservação dos recursos naturais, especialmente em regiões com maior escassez, como o Sertão alagoano.
“A reunião marca o início de uma nova fase: vamos apresentar o estudo às principais empresas e instituições e buscar viabilizar sua implementação. Com o apoio da CNI, conseguimos incluir o reuso como prioridade no Fundo Clima, o que pode garantir recursos para esses investimentos”, explicou o assessor técnico do Sistema Fiea, Júlio Zorzal.
A especialista da CNI, Maria do Socorro Lima Castello Branco, destacou o pioneirismo de Alagoas no setor. “O estado abriu caminhos com as concessões de saneamento e agora avança com uma proposta sustentável e articulada, reunindo todos os atores-chave. Isso nos dá esperança de resultados concretos”, afirmou.
Segundo o vice-presidente da Fiea, José da Silva Nogueira Filho, o tema é urgente. “A água não é um recurso infinito. Mostrar onde o reuso é possível, especialmente em áreas críticas, é fundamental para o futuro da indústria e da sociedade”, disse.
Já o diretor operacional da BRK Alagoas, Wilson Luiz Bombo Junior, reforçou a viabilidade econômica da proposta. “É uma solução eficiente e de menor custo para o setor industrial, além de beneficiar a população ao mitigar os efeitos da escassez”, observou.
Camilla da Silva Ferraz, presidente da Arsal, apontou a necessidade de regulamentação para consolidar o projeto. “A regulação ainda precisa avançar, mas o alinhamento entre os setores público e privado está facilitando o caminho. É um projeto estratégico para toda a sociedade alagoana”, afirmou.
Com os esforços integrados, Alagoas consolida sua posição de vanguarda em soluções sustentáveis, fortalecendo o uso de tecnologias limpas e o compromisso com uma economia verde. O estudo completo está disponível no site fiea.com.br.