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Após quase quatro dias sem abastecimento, água volta fraca e amarelada em bairros de Porto Alegre

24/04/25

Após quase quatro dias sem abastecimento, água volta fraca e amarelada em bairros de Porto Alegre

Camila Cunha

Após cerca de quatro dias, a água voltou na manhã desta quarta-feira gradualmente às torneiras de moradores da zona Norte de Porto Alegre, principalmente na região do Parque dos Maias e na divisa com Alvorada, onde os moradores relatavam falta do abastecimento desde o último domingo. No entanto, ela voltou fraca e com coloração amarelada, ocasionando reclamações. Em um condomínio de 60 apartamentos na rua Tarcila Moraes Dutra, somente as torneiras dos térreos de dois dos cinco blocos conjugados tinham água, enquanto nos apartamentos ainda não havia.

Assim, os moradores precisaram descer para coletá-la. Mais cedo, houve inclusive grandes filas, conforme os relatos. “Acredito que falta investimento, falta modernização, coisas que são bastante necessárias. Está tudo sendo sucateado. Agora a água não tem pressão para subir para as caixas, então vai levar um dia ou dois ainda para isto”, comentou o síndico do condomínio, Ivan Antônio da Rocha Morteo.

O contador Nelci João Lopes Bernardes foi um dos que coletou água barrenta de um galão de cinco litros. “É o jeito, até então, estava tudo sujo e não conseguia utilizar nada”, disse. “A falta de água é muito frequente aqui, assim como a falta de luz”, acrescentou. Nas redes sociais, havia diversas reclamações no final da madrugada de quarta. Em outros lugares, como na rua das Figueiras, não muito distante dali, moradores como a comerciante Ivete Pirolla disseram que a água havia retornado, mas com pressão fraca e o que vinha, estava sendo armazenada em garrafas maiores para ser utilizada depois.

Conforme o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), o problema começou após o rompimento de uma adutora de água na Estação de Bombeamento de Água Tratada (Ebat) Ouro Preto, cujo conserto terminou somente na noite de terça-feira, quando a operação retornou a 100% da capacidade, mobilizando mais de 40 servidores. Durante o procedimento, foi estudada a possibilidade de um rodízio no abastecimento nos seguintes bairros e localidades afetadas na zona Norte.

São eles Alto Petrópolis, Boa Vista, Chácara da Fumaça, Cristo Redentor, Jardim Dona Leopoldina, Jardim Ipu, Jardim Itu, Jardim Sabará, Jardim Lindóia, Jardim São Pedro, Mário Quintana, Morro Santana, Passo da Areia, Protásio Alves, Rubem Berta, São Sebastião, parte do Sarandi, Vila Floresta, Vila Ipiranga e Vila Safira, afetando cerca de 217 mil pessoas. Porém, diante da troca da tubulação, isto foi descartado. Ainda nesta quarta, o Dmae afirmou que 19 caminhões-pipa continuavam circulando pelas regiões afetadas, e que os mesmos continuavam em circulação “até que todos tenham água”, afirmou o órgão, por meio de sua assessoria.

Nestas áreas, o abastecimento estava sendo “gradualmente retomado”, com possibilidade de demora maior em locais mais distantes e/ou altos do sistema. Quanto à coloração, o Dmae disse que “após paradas mais longas”, isto pode ocorrer “devido ao arraste de micropartículas não prejudiciais à saúde, que podem estar nas paredes internas da tubulação”. Acrescentou que, “se o aspecto da água demorar a normalizar, o cliente pode solicitar lavagem da rede ou do ramal domiciliar ligando para o fone 156, opção 2.”

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